sábado, 5 de junho de 2010

Sofrer à distância


As ausências forçadas pelos estágios dos maridos nas equipas que representam e também na Selecção Nacional é já uma rotina a que se habituaram, mas que "custa sempre". Com a partida, amanhã, para África do Sul onde, no dia 15, Portugal se estreará no Mundial de Futebol, somando cinco participações na importante competição, os jogadores ficarão mais longe das famílias que, desta vez, podem mesmo nem viajar até ao país anfitrião.

Filipa Sabrosa é casada com o mais internacional dos jogadores que alinham actualmente na Selecção: Simão Sabrosa. Ela já assistiu na bancada a dois Europeus (em Portugal, 2004, e Suíça-Áustria, em 2008) e a um Mundial (Alemanha, 2006) e por isso é uma das "veteranas" nestas lides. Apesar da experiência acumulada, a mulher de Simão também não consegue alienar-se das distâncias, até mesmo com a gestão aplicada durante os últimos anos, dividindo-se entre Madrid, onde o marido representa o Atlético, e Lisboa, onde os filhos do casal, Martim, de seis anos, e Mariana, de oito, estudam. "É claro que as saudades apertam e a solidão de vez em quando bate à porta, mas tudo se supera, até porque a tecnologia hoje em dia ajuda muito. Além disso, já estamos preparados para estas distâncias porque já são alguns estágios, mundiais e europeus", assegura. Filipa considera ainda que: "É tudo por uma causa importante, por isso os sacrifícios tornam-se mais fáceis de superar." As crianças é que "ainda não estão muito cientes do que vai acontecer". "Eles sabem que o clube do papá agora é Portugal, mas ainda não atingiram a universalidade do evento. Talvez quando o pai estiver na África do Sul eles comecem a entender melhor", diz a empresária.

Filipa Sabrosa admite que não sabe se carimbará o passaporte na África do Sul: "Ainda não ponderei nada, até porque ainda há pouca informação e tenho de avaliar as condições. Na primeira fase acho que não vou, se passarmos, analisarei."


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